20/01/2009

Breathe

Breathe, breathe in the air
Don't be afraid to care
Leave but don't leave me
Look around and choose your own ground
For long you live and high you fly
And smiles you'll give and tears you'll cry
And all you touch and all you see
Is all your life will ever be

Run, rabbit run
Dig that hole, forget the sun
And when at last, the work is done
Don't sit down it's time to start another one
For long you live anf high you fly
But only if you ride the tide
And balanced on the biggest wave
You race towards an early grave

Roger Waters

16/01/2009

O segredo do descafeinado

Fundamentalmente, existem dois métodos para descafeinar o grão verde do café.

O primeiro método consiste em amolecer o grão de café em água quente ou em vapor de água para o tornar poroso. Seguidamente, o grão é mergulhado num solvente químico que irá diluir apenas a cafeína. Ao ser retirado do composto químico, o grão é novamente lavado em água quente ou em vapor de água e seco a seguir.

O segundo método consiste simplesmente em mergulhar o grão durante várias horas em água para que a cafeína se dissolva naturalmente. Infelizmente, esta imersão prolongada também dissolve os componentes aromáticos do grão de café. Assim, à água é adicionado um solvente para lhe extrair a cafeína que, por sua vez, é seguidamente retirado. Mergulham-se novamente os grãos de café na mesma água já descafeinada para que voltem a absorver os componentes aromáticos perdidos.

Actualmente, está a ser difundido um terceiro método de descafeinar o café através de um processo que utiliza o dióxido de carbono.

Como facilmente é perceptível, é impossível com qualquer destes processos conservar todo o potencial de perfume e de sabor do café. Quer dizer que se de um mau 'robusta' não se perderá grande coisa, de um bom 'arábica' perder-se-á toda a sua subtileza.

As pessoas que apreciem um bom café mas que sejam obrigadas a consumir o café descafeinado, devem evitar o 'arábica' de excepção e preferir os lotes 100% 'arábica' que permitem, apesar de tudo, ao responsável pela torrefacção dos grãos de café enriquecer um pouco o aroma final. Convém, sobretudo, priveligiar o café expresso, cujas qualidades finais dependem menos do grão.

fonte: ABCedário do Café, edição Jornal Público

Regras para preparar um café

Existem algumas regras e alguns cuidados que podemos facilmente seguir de forma a obtermos um café com boa qualidade aromática. Ante de mais, o grão do café deve ser de boa qualidade, moído na altura da preparação. Caso sejam utilizados cafés embalados devem preferir-se embalagens com válvulas pois conseguem preservar o aroma e as qualidades do café por mais tempo. A frescura do café em grão ou moído deve ser conservada no frigorífico dentro de um recipiente de vidro, hermeticamente fechado, se possível. Evitar guardar o café em recipientes de plástico porque todos eles transmitem odores desagradáveis.

A moagem do grão de café deve ser a adequada ao tipo de cafeteira ou de máquina que irá se utilizada. Com a cafeteira de jarro utilizar moagem grossa, com a cafeteira de êmbolo utilizar moagem média, com a cafeteira napolitana utilizar a moagem fina. Café de balão ou café de filtro com moagem fina. Máquina expresso com moagem fina ou extra-fina e café turco com moagem em pó.

A pureza da água a utlizar para se preparar o café é de extrema importância. Em primeiro lugar, a água não deve conter cloro. Isto quer dizer que deve ser de nascente, mineral ou filtrada.
No momento da preparação, a sua temperatura deve situar-se entre os 90 e os 95cº, ou seja, deve estar a levantar fervura. Se a água estiver fria ou morna não conseguirá extrair os aromas do café. Se estiver a ferver agride de tal forma os compostos do café que estaremos a preparar uma bebida amarga com um elevado grau de adstringência. Só o café turco admite fervura. Todo o café deve ser aquecido moderadamente.

Depois de usada, a cafeteira deve ser cuidadosamente lavada e limpa de forma a evitar os depósitos das borras ou os restos de compostos gordos e ácidos em qualquer parte da sua superfície. Eles degradarão os aromas do café seguinte!

A última regra é a mais simples: café bom é aquele que é feito no momento!

fonte: ABCedário do Café, edição Jornal Público

Receitas de cafés

CAFÉ MOCHA

O café Mocha inspirou-se no famoso Bicerin, originário de Turim que significa "piccolo bicchieri", ou seja, o copinho de vidro onde costumava ser servido. Já o nome Mocha, hoje utilizado, tem a ver com bom café. Assim, nada melhor do que partir de um café expresso para preparar um deliciosos café Mocha. Num copo de vidro típico (ou noutro que tenha à mão), adicionam-se 2 cafés expresso e por cima deita-se chocolate quente, previamente preparado com uma saqueta de chocolate em pó, açúcar e leite. Cobre-se tudo com uma grande roseta de chantilly e polvilha-se com chocolate em pó antes de servir.

CAFÉ VIENENSE

Os vienenses conheceram o café através dos turcos. Todavia, achavam o café turco amargo. Na busca de um sabor mais requintado, as casas de café de Viena introduziram inovações como o primeiro café filtrado e a adição pioneira de natas ao café. Esta última, conhecida em Viena desde o século XVIII, ficou famosa em todo o munndo com o nome de Café Vienense. Para o preparar coloca-se num copo de vidro 2 cafés expressos e 2 partes de leite vaporizado previamente preparado (ou comprado já pronto). Cobre-se tudo com uma enorme roseta de chantilly e polvilha-se com chocolate em pó.

CAPPUCCINO

O nome deriva da ordem dos monges Capuchin em Itália pelas suas túnicas castanhas em capuz. Originalmente, foram eles que desenvolveram esta deliciosa combinação de café expresso coberto com uma camada de espuma de leite. O cappuccino é a mais conhecida especialidade de café. Para obter um cappuccino cremoso e aromático prepara-se à parte (ou compram-se já preparados) o leite vaporizado e a espuma de leite utilizando leite gordo frio. Coloca-se numa chávena de meia de leite e em partes iguais, o café expresso, o leite vaporizado e a espuma de leite. Polvilha-se com chocolate em pó antes de servir.

IRISH COFFEE

O Irish coffee foi inventado depois da Segunda Guerra Mundial por um barman no aeroporto de Shannon, na Irlanda. Coloca-se num copo com pega duas partes iguais de café expresso, uma parte de irish whisky e 20 gramas de açúcar, precisamente por esta ordem. Aquece-se a mistura com o bico da vapor da máquina de café e, em seguida, deita-se lentamente uma camada de 2cm de natas batidas mas suficientemente líquidas para poderem escorrer. O irish coffee não deve ser agitado mas sim tomado aos poucos através da camada fria de natas.

CAFÉ TURCO

Quem aprecia o sabor do café simples sem açúcar tem neste tipo de café a sua eleição. Este café é obtido pela infusão do grão moído do café torrado. Deve ser preparado no 'ibrik' (espécie de panelinha com haste) e os procedimentos que exige são básicos: o grão deve ser moído bem fino e o café final não deve ser coado. Ferve-se a água no 'ibrik' - pode-se substituir por um pequeno recipiente que possa ir directamente ao lume. Quando ferver deita-se o café em pó sobre a água e ferve-se três vezes antes de retirar do lume. Não esquecer que este café toma-se sem ser coado! Em vez de puro, pode-se ainda perfumar o café antes de tomar com especiarias a gosto.

AFFOGATO

Esta especialidade italiana de café reúne o sabor único do café e da fragância da baunilha ou do chocolate, conforme a opção. Para obter, colocar 2 cafés expresso numa taça e sobre eles uma bola de gelado com sabor de baunilha ou a chocolate. As sensações quente e frio misturadas com o amargo do café e o doce do gelado é formidável!

15/01/2009

Fão


Existem boas razões para nos empenharmos seriamente na protecção dos recursos naturais do nosso país.


Esta é uma delas!


A foz do Rio Cávado, junto a Fão.

Depois da tragédia...



4 de Março de 2008.

Sete anos depois da queda da Ponte Hintze Ribeiro em Entre-os-Rios que vitimou 59 pessoas.

Sete anos de comissões!...

Sete anos de investigações!...

Sete anos de julgamentos!...

Sete anos de (in)justiça!...

Ai Portugal, Portugal... De que é que estás à espera?...

Entardecer


Fim de tarde. O calor guardado para o dia seguinte incendeia a linha do horizonte. Em Ofir, os dias são fantásticos!

Trovoada de Verão


As nuvens prometem água na terra ressequida pelas temperaturas de Verão.
É assim na terra quente transmontana - 'nove meses de inverno e três de inferno!'

Ponte sobre o Rio Sabor


A ponte sobre o Rio Sabor domina a paisagem do vale ressequido pelo calor de Verão.

À descoberta do Vale da Vilariça



No nordeste transmontano, mais concretamente junto a Torre de Moncorvo, localiza-se uma mega fractura activa, identificativa da fricção de duas placas tectónicas, que atravessa o distrito de Bragança no sentido N/S prolongando-se desde a Galiza até ao distrito da Guarda.

O Vale da Vilariça, com uma área aproximada de 34.000 hectares, estende-se pelos concelhos de Torre de Moncorvo, Vila Flor e Alfândega da Fé. Serve de leito a alguns cursos de água, entre eles os rios Douro e Sabor e a Ribeira da Vilariça (afluente do rio Sabor) cuja nascente está localizada na Serra de Bornes, 25 km a montante da sua foz.


Durante séculos, a fertilidade notável destas terras foi aproveitada para a cultura do cânhamo, extinguida, entretanto, pelo decréscimo da sua importância em meados do séc. XVIII. Actualmente, cultivam-se os produtos hortícolas, os melões, a vinha, as amendoeiras, as oliveiras e algumas árvores de fruto.


Nas escarpas de delimitam o vale implantaram-se ao longo dos séculos vários povoados pré-históricos, cujos vestígios arqueológicos poderão ser observados no Museu do Ferro e da Região de Moncorvo, localizado na vila de Torre de Moncorvo. Nestes cabeços a paisagem deslumbrante esmaga-nos pela beleza imensa deste oásis de verdura e fertilidade.


Fontes:
www.trasosmontes.com
www.descobrirtorredemoncorvo.blogspot.com

14/01/2009

Há mar e mar... há ir e ficar!

As polémicas torres continuam a dominar o areal da praia de Ofir. A maquilhagem exterior não esconde o estado de degradação interior, nomeadamente as sucessivas infiltrações de água na zonas das garagens.

Qual será o grau de estabilidade que aquelas fundações mantêm passados todos estes anos? Talvez um dia se venha a saber!

Entre a construção original (ao lado da torre) e o edifício escolhe-se o que melhor se enquadra nesta praia!

Há coisas que vale sempre a pena relembrar!

Uff!... Salvaram-se os tomates

Se bem se lembram, há uns anos atrás, Bruxelas resolveu normalizar tudo o que era repolhos, pepinos, cenouras, alhos franceses, melões, couves, etc, etc...

Mariann Fisher Boel, actual comissária europeia da 'hortaliça e fruta', vem agora decretar do alto da sua sapiência que, afinal, não é bem assim.

Os mesmos pepinos, beringelas, repolhos, cerejas, ervilhas, alcachofras, couves-de-bruxelas, entre outros, já podem ser comercializados curvos (para a direita ou para a esquerda, conforme as convicções), com manchas, que tenham um padre na família, que sejam estrábicos, etc...

Porém, vá-se lá saber porquê, menos sorte tiveram os kiwis, alfaces, maçãs, tomates, morangos, etc..., que devem continuar a ser comercializados respeitando a normalização europeia anteriormente imposta. São uns incompreendidos!

Pessoalmente, só tenho a agradecer aos eurocratas o facto de não terem alterado o calibre dos tomates, senão muito boa gente teria de os 'eliminar' por não respeitarem a lei.

HAJA PACIÊNCIA PARA TANTO DISPARATE!!!

Já agora, alguém sabe o que são "whitloof"? É que este legume também entra nesta lista. Deve ser disto que os excelentíssimos eurodeputados comem em Bruxelas para estarem neste estado de atrofia mental!

baseado em 'Hino ao disparate'
João Geirinhas, RV Dez.2008

Precisa-se de matéria prima para construir um País

A crença geral anterior era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique. Agora dizemos que Lula não serve. E o que vier depois de Lula também não servirá para nada...
Por isso, estou começando a suspeitar que o problema não está no ladrão corrupto que foi Collor, ou na farsa que é Lula. O problema está em nós. Nós como POVO. Nós como matéria prima de um País.

Porque pertenço a um País onde a esperteza é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar. Um País onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mias apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais.

Pertenço a um País onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nas calçadas onde se paga por um só jornal... E se tira um só jornal, deixando os demais onde estão.

Pertenço ao País onde as empresas privadas são papelarias particulares de seus empregados desonestos, que levam para casa, como se fosse correto, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos... e para eles mesmos.

Pertenço a um País onde a gente se sente o máximo porque conseguiu 'puxar' a tevê a cabo do vizinho, onde a gente frauda a declaração de imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um País onde a impontualidade é um hábito. Onde as empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde as pessoas fazem 'gatos' para roubar luz e água e nos queixamos de como esses serviços estão caros.

Onde não existe a cultura pela leitura (exemplo maior nosso atual Presidente, que recentemente falou que é "muito chato ter de ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde os nossos congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que só servem para afundar ao que não tem, encher o saco ao que tem pouco e beneficiar só alguns.

Pertenço aum País onde as carteiras de motorista e os certificados médicos podem ser 'comprados' sem fazer nenhum exame. Um País onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no ônibus, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar o lugar. Um País no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre. Um País onde fazemos um monte de coisa errada, mas nos esbaldamos em crtiticar nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos do Fernando Henrique e do Lula, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem 'molhei' a mão de um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo que o Dirceu é culpado, melhor sou eu como brasileiro, apesar de ainda hoje de manhã passei para trás um cliente através de uma fraude, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não! Não! Não! Já basta!

Como 'matéria prima' de um País, temos muitas coisas boas , mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres que o nosso País precisa. Esses defeitos, essa esperteza brasileira congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos de escândalo, essa falta de qualidade humana, mais do que Collor, Itamar, Fernando Henrique ou Lula, é que é real e honestamente ruim, poruqe todos eles são brasileiros como nós, ELEITOS POR NÓS! Nascidos aqui, não noutra parte...

Me entristeço.

Porque, ainda que Lula renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada...

Não tenho nenhuma garantia de que alguém o possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Collor, nem serviu Itamar, nem serviu Fernando Henrique, e nem serve Lula, nem servirá o que vier.

Qual é a alternativa?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente sacaneados!

É muito gostoso ser brasileiro. Mas quando essa brasinilidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, aí a coisa muda... Não esperemos acender uma vela a todos os Santos a ver se nos mandam um Messias.

Nós temos de mudar, um novo governador com os mesmos brasileiros não poderá fazer nada. Está muito claro.. Somos nós os que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda nos acontecendo: desculpamos a mediocridade mediante programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de surdo, de desentendido.

Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. Aí está, não preciso procurá-lo em outro lado.

E você, o que pensa?... MEDITE!


João Ubaldo Ribeiro (2005.11.14)
Prémio Camões 2008