26/03/2009

A paixão segundo Zezito, sobrinho do senhor Júlio Monteiro

O sofrimento, meus caros amigos, é o verdadeiro significado da palavra paixão. Vem da palavra latina passione que indicava uma agonia intensa e prolongada. Munido eu deste conhecimento etimológico de paixão, que me ocorreu? Pois bem, ocorreu-me falar da pessoa que nos últimos tempos tem sofrido uma agonia intensa e prolongada: o Zezito, sobrinho do senhor Júlio Monteiro, suspeito de ter recebido luvas num negócio cujo nome não me ocorre de momento.

Este Zezito, tal como Cristo, sofreu ao longo dos últimos tempos um autêntico Calvário. Não, que possa ser comparado com Nosso Senhor (até porque Este último nem tinha um curso de Engenharia nem nada), mas porque percorre também as Estações de uma Via Sacra cheia de escolhos e traições. Claro que nem foi condenado à morte (mesmo política), nem sequer obrigado a carregar uma cruz, embora em tempos já tenha alombado com o professor Freitas do Amaral no governo. Mas, tal como Cristo nas terceiras e quartas estações da Via Crucis, também ele já escorregou uma vez (no caso da licenciatura) e também encontrou sua mãe (cujo nome foi envolvido sabe-se lá porquê). E se Simão Cirineu não apareceu para ajudá-lo, como surgiu ao Senhor na V Estação, teve a interceder por ele o ministro Pedro Silva Pereira, na SIC, durante meia-hora. Como podemos também registar que a sua Santa Verónica (a mulher que limpou o rosto de Jesus) acaba por ser a Jornalista Fernanda Câncio que lhe limpa o nome nas crónicas.

Acresce que o Senhor cai pela segunda vez na VII Estação, e o Zezito cai pela segunda vez na questão das casas de Valhelhas e arredores da Guarda. Um pouco depois, se um encontra as mulheres de Jerusalém, o outro encontra as mulheres do PS. E dá-se então, a terceira queda: no caso do Zezito foi a trapalhada do Freeport (agora me recordo subitamente do nome da coisa).
Daqui para a frente não sei o que acontece ao sobrinho do senhor Júlio Monteiro, mas posso relatar o que aconteceu ao Jesus da Galileia: foi despojado das vestes (X Estação), é pregado na cruz (XII), está nos braços de sua mãe (XIII) e é enterrado (XIV).

Pois bem, o Zezito não deve ficar nu na praça pública e menos ainda ser pregado numa cruz, morto e enterrado. Mas não deixa de ser curioso que a maioria de vós não tenha achado que esta comparação faça o mínimo sentido.

Porém, ela faz e de que maneira!

Porquê? Perguntais vós, céleres na condenação de um homem que se vê arrostar com uma cruz ladeira acima, rumo ao Gólgota, ao passo que uma multidão o invectiva, lhe chama nomes e se ri com escárnio da sua desgraça.

Qual a semelhança que não descortinais, gente ímpia e sem misericórdia?

Que liga Nosso Senhor Jesus Cristo ao nosso Zezito, sobrinho do senhor Júlio Monteiro? Que parte essencial da história partilham eles?

É que ambos são inocentes!
Se nunca pusestes esta hipótese é porque não sois verdadeiros cristãos dignos desse nome.

E isso deve preocupar o Zezito...

Comendador Marques de Correia

6 comentários:

  1. Ora aí está a razão porque eu não percebo o Zezito. Não sou crente! lool
    Somos um país a perder as crenças. E tudo por causa do Zezito. :/

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  2. O nome "Zezito" foi bem escolhido, não?
    AM

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  3. Lembram-se daquela canção:
    "josézito já te tenho dito que não é bonito andares a me enganar
    Chora agora josézito chora que me vou embora para não mais voltar"
    Eu gosto mais de Josézito...ingenheirito...mentirosito...anormalzito...larilazito...aldrabãozito...motherfuckerzito...e tudo!

    abraço

    AC

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  4. Ó AM, esclarece-me aqui uma coisa...
    Então o tio Edgar afirma que "o Engenheiro não é o técnico que sabe as matérias é o técnicoque tem engenho"! Assenta que nem uma luva aos Josézitos pá...o nosso zézito tem cá um engenho que pqp!
    Isto não está nada fácil ó sócio!

    AC

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  5. Era a grande crença dele! Foi um grande homem/engenheiro que teimamos em não reconhecer, à boa maneira lusitana! Apesar de ter sido um grande inovador a nível mundial do betão armado e pré-esforçado!

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