16/03/2009

Vinho e Saúde I

A equipa de David Teplow, investigador na UCLA-University of California Los Angeles, descobriu o papel dos vários polifenóis que integram o vinho na luta contra as doenças cardíacas e contra a doença de Alzheimer. Anteriormente, já alguns investigadores europeus tinham adiantado algumas descobertas nesta área, mas Teplow avançou mais um pouco nas explicações científicas. Diz a reportagem do El Mundo que "os investigadores da UCLA descobriram o motivo pelo qual quem bebe vinhos tintos costuma estar a salvo das doenças do coração e, noutra vertente mas ao mesmo tempo, conseguiram identificar uma substância natural que pode anular parcialmente os efeitos da doença de Alzheimer".

Teplow e a sua equipa verificaram e estudaram a forma como os polifenóis do vinho bloqueiam a formação de proteínas que formam a placa tóxica no circuito sanguíneo. Há já muito tempo que se especula que esta placa obstruiria as artérias originando a doença de Alzheimer. Esta importante investigação publicada recentemente numa edição do Journal of Biological Chemistry, recorreu a ratos em laboratório para explicar a mecânica da acção anti-placa dos diferentes polifenóis. Os cientistas injectaram polifenóis destilados de bagos de uva nestes animais e observaram que não só tinham impedido a formação das proteínas danosas, mas também, tinham conseguido reduzir a sua toxicidade. Puderam verificar como dois tipos de proteínas que se encontram no sangue humano podem causar cardiopatias ou a doença de Alzheimer. Esta descoberta está pronta a ser testada em seres humanos, podendo converter-se no primeiro tratamento que consegue atrasar significativamente o desenvolvimento da doença de Alzheimer.

Fonte:RV/El Mundo

1 comentário:

  1. caro Artur,
    Pois é, agora os nossos amigos amoricanos dão cartas nesta coisa do estudo das binhaças, além de, há já muito tempo nos imitarem o generoso do Douro, impropriamente chamado Vinho "do Porto", pois que há mais de 100 anos produzem um certo Oporto Wine of California.
    Mas, o que tu não sabes é que em 1884 ainda andavam a aprender umas coisas cá com a gente... ou melhor, com um emérito sábio natural de Torre de Moncorvo, professor de Chímica na Universidade de Coimbra, depois reitor desta universidade, além de distinto estudioso das coisas da viticultura e Enologia (ou Oenologia, como então se descrevia). Falo do nosso Visconde de Vila Maior! - pois imagina tu que o nosso blogger do "À descoberta de Torre de Moncorvo", engenheiro agrícola, realizador e produtor de cinema, etc, etc, Leonel Brito, foi descobrir "by net", uma tradução de um escrito do nosso conterrâneo Júlio Máximo de Oliveira Pimentel (o dito visconde), imagina lá... na Library [biblioteca] da University of California!! A obra, na tradução americana, intitula-se: "The viniculture of claret. A threatise on teh making, maturing and keeping of claret wines", of The viscount Villa Maior - translated by Rev. John I. Bleasdale, DD, Organic Analyst and Oenologist, ..., obra impressa em San Francisco, em 1884, por Payot, Upham & Co. Publishers.
    Bons tempos, em que os americanos aprendiam umas coisas cá com a gente... Traduzindo, espiolhando, depressa nos lixaram!... e nessa malfadada Califórnia, onde a febre do ouro deu lugar às imitações de Oporto Wine e, mais tarde, até da amêndoa, cujas produções extensivas e mecanizadas, com variedades geneticamente manipuladas, rebentaram com a nossa pobre produção, em encostas declivosas, até há ainda poucos anos lavradas com os burricos e os machinhos... apesar de termos melhor qualidade, venceu a concorrência da maior quantidade. Só falta imitarem a nossa amêndoa coberta de Moncorvo, por isso é preciso avisar as nossas doceiras para calarem o bico se aparecer por aí algum amoricano lampeiro a fazer muitas perguntas...
    abraço,
    N.

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